Fôlego
A espera inominável do talvez
- um, dois, três suspiros -
percorre pouco o corpo, mas não a alma.
Entrega-me tudo, tão lentamente...
Não há mais o correr.
Não existe impetuosidade.
Mas seus olhos
seus olhos
E não dou nome aos espaços
ou aos tempos de respirar.
Os anos longos, longínquos,
que passam sem ansiedade pelo meu corpo.
Tudo me reaprende
sem pressa e sem queda
E seus olhos
seus olhos
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