Homenagem a Baudelaire

Un soir, le garçon, petit garçon
avec yeux savoureux et silencés, 
buvais du vin - misére!
Jeunne squelette.


Le ciel se lamente...
     un chaude lumiére,
     un amê solitaire, 
     un rêve.
Oui, la lune quand la terre
avec sus pomes, fatigué, 
suivent et mourir. 

Mal posso esperar o sol,

Mal posso esperar o sol,
ele queima meus olhos,
              chega com dor!
mas ao menos dá paz
durante a lua
              que ensona!
frios são aqueles
         ...como ela e ele...
que não percebem
a hora de enluar.

Durmo

Minha mão escorrega pelo cetim das cobertas.
E a Lua irradia, lá fora, toda beleza.
Passos largos na pedra fria,
ressoando lentamente no meu sono.

A rua é escura, sem lampiões,
um gato mia de solidão e fome.
Mas eu não acordo do torpor lacrimoso,
suor frio em palmas quentes de neve.

Se amanhã desperto, tão lúcida,
lembrarei da negra noite que,
com luz da Lua, me envolve?
O abraço partido do antigo sonho.

Já não há força nos passos que se arrastam,
que se arrastam pela rua.
Sob o primeiro poste, eu sei, eu vejo,
você acende um cigarro.

Oração à terra

Salgada terra que jaz aqui, sob meus ingratos pés, podes perdoar a todos os homens? Digo que a culpa realmente não recai sobre nós, e sim, sobre as gerações antigas, aqueles que, pretensiosamente, se colocaram como teus donos. Pois foram eles, bendita terra, que te colocaram abaixo de nós! Agora tu te vingas, porém olha! Não somos os únicos que te fizeram mal! Te vingue dos cadáveres!