Escola Literária: Barroco


Enquanto a palavra divina é passada

de boca em boca

As mentes dissecando a terra salgada

junto com a carne

Cada um vê seus próprios pecados

Línguas ferinas murmuram, conspiratórias

Suas blasfêmias contra os mandamentos sagrados

A retórica do mestre gera o silêncio

Os olhos escorregam pelo livro

matéria, sensualismo

Estão mais presentes que o ideal divino

espírito, ascetismo

O pregador particular brinca

Mas, irônico, não perdoa

Porque uma mímese de autora critica

Ele retruca, a autocrítica ecoa

(Por que ainda não me formei em Letras Atéias?)

O curso corre e, disfarçadamente,

As palavras escritas são hipócritas

afinal, sermões eu trouxe

Duramente, incito a rebelião contra o ópio

E continuo aqui, ouvindo a palavra do mestre

Frases soltas que vão contra os ensinamentos

Ah, viva o meu ódio à Igreja!

Poema dedicado ao professor Zé Edu.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hey Jows é a Livy!
Não entendo seu desgosto pelo Barroco XD Não é a escola literária mais TOP, mas tem algo mais humano do que a dúvida, a dualidade e eternas antíteses?

Eu gostei do "Duramente, incito a rebelião contra o ópio". Não sei muito bem o que comentar XD

Joana disse...

Hah, obrigada Liivy! ♥
bem, Barroco me irrita.. Sempre me parece meio óbvio e eu odeio temas relacionados à Igreja. Em especial ver uma literatura dominada pela mesma e pá.
Mas que bom que gostou! <3 Depois eu posso colocar nossos poemas da aula de espanhol UAHUASHA

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