No emaranhado do espírito
levando-me aos olhos cheios d'água,
meu destino como Colombinas fadadas
a ser Pierrots em pura mágoa.
Já disseram que é um inverno,
esperava com força que fosse sazonal.
E larguei-me ao pranto terno,
de quem nunca se permitiu um final.
Sigo ausente de minha existência -
esperando que me segurem em seus braços.
Quem é lúcido para tal vivência?
Quem quer cuidar de meus olhos baços?
'Avante', é a voz que permeia meu ente,
afundando em um poço tão fundo.
Transformo meu corpo em doente,
e meu coração em vagabundo.